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Quantos alunos com necessidades especiais!

24 | 07 | 2025
Fala Diretora
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Quantos alunos com necessidades especiais!

Basta uma conversa informal entre professores de diversas escolas, sejam elas públicas ou particulares, para vir à tona a quantidade de alunos com necessidades especiais que aumenta vertiginosamente a cada ano.
Eu tenho uma teoria meio torta! Acho que anteriormente também tínhamos muitos alunos com esses tipos de dificuldades, mas na minha opinião, ficavam eclipsados. Eram considerados incapazes de aprender e pronto!
Aqueles que demonstravam comportamento indesejável e recorrente eram castigados, recebiam reprimendas, advertências, suspensões e finalmente eram expulsos.
Os que não conseguiam aprender, seja por motivo de falta de concentração ou deficiência intelectual, repetiam de ano reiteradas vezes até que a família decidia deixar o menino em casa, porque não iria aprender nada mesmo!
Hoje em dia vemos que os alunos que têm comportamento diverso do esperado são levados pelas famílias aos consultórios médicos ou psicológicos. Recebem um laudo, que os classificam de acordo com os testes e exames neles realizados.
Voltam para a escola “laudados.” Recebem (ou devem receber) um olhar diferenciado.
Os outros alunos com dificuldades que vão além de problemas comportamentais e que dizem respeito ao aprendizado de acordo com a faixa etária, também vão em busca de um olhar profissional para definir o grau ou o tipo de necessidade especial que possuem.
A maioria desses meninos precisa de um atendimento individual e sendo assim, a escola tem se desdobrado para prover alguém que fique sempre ao lado deles.
As avaliações e os exercícios são adaptados para muitos desses alunos.
Assim, eles vão seguindo, recebendo ensino e atenção.
A grande preocupação para nós educadores é a inclusão de fato e de direito desses alunos, não só na escola, mas com vista à inclusão na sociedade depois da conclusão dos estudos.
Muitos desses meninos são na verdade sementes que ainda não germinaram e o apoio é a terra fértil para que germinem.
Os educadores, em grande parte, se sentem inseguros, porque sabem que não foram preparados para trabalhar com esses alunos. Faltam-lhes ferramentas e conhecimentos específicos.
Posso dizer que alguns dos nossos garotos que se enquadram nesse grupo nos dão imensa alegria, pois demonstram que gostam da escola, se dedicam, se entrosam e são queridos pelos colegas , professores e funcionários.
Costumo dizer que os excelentes alunos não precisam de professores. Vão sozinhos. Não fazemos grande coisa por eles. Já há aqueles que precisam muito de nós!
É nosso dever acolher cada aluno como se fosse único. Não é fácil, mas quem disse que seria?

Sonia Regina P. G. Pinheiro

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